Incentivar a saúde, o bem-estar, a importância da prática de atividades físicas e a melhora na qualidade de vida são os objetivos do projeto “Coração Feliz”. O programa é desenvolvido pela Secretaria de Saúde de Laranjeiras do Sul, com a participação de professores de educação física, enfermeiros, nutricionistas e médicos.
O perfil epidemiológico da população brasileira mudou ao longo do último século, havendo um aumento do excesso de peso corporal e da morbidade e mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a prática de atividade física regular reduz o risco de mortes prematuras, doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral, câncer e diabetes.
O Projeto Coração Feliz foi implantado e vem sendo desenvolvido desde o ano de 2009. Em todos os grupos são realizadas ações de vigilância alimentar e nutricional, combate ao tabagismo, saúde mental, entre outros. Atualmente, são oito grupos distribuídos pelos bairros da cidade, ofertados a população em geral, sendo destes, seis voltados a adolescentes, adultos e idosos e, dois para crianças de 7 a 12 anos.
“Esses grupos são coordenados pelos profissionais de educação física do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e acompanhados pelas Equipes de Saúde da Família, acontecendo de 2 a 3 vezes por semana. Ao longo do ano de 2017 foi registrada a realização de 563 atividades do projeto com um total de 9.285 participações”, afirmou o professor de Educação física e um dos coordenadores do programa Ivo Donato Piaceski.
Segundo dados do Sistema de Informação de Mortalidade, as quatro principais causas de mortes de 30 a 69 anos em Laranjeiras do Sul são: neoplasias, doenças do aparelho circulatório, doenças respiratórias e doenças endócrinas nutricionais e metabólicas. Em 2013, foram registradas 73 mortes relacionadas a essas causas e, em 2017 esse número diminuiu para 54, havendo, portanto, uma redução de 26,03%.
“Quando observados os dados referentes à principal causa, sendo esta as neoplasias, nota-se uma redução de 35,48% nas mortes de 2013 (31 mortes) para 2017 (20 mortes). Em relação às doenças do aparelho circulatório, observa-se uma redução de 32%, passando este de 25 mortes em 2013 para 17, em 2017. Dessa forma, fica evidente a importância terapêutica e preventiva da atividade física assim como dos aspectos dietéticos e psicológicos nos programas desenvolvidos pela Atenção Básica na comunidade”, disse a nutricionista Thaize Almeida Granzotto.
04/07/2018